domingo, 20 de novembro de 2016
Crítica: Sadako Vs Kayako
O horror oriental trouxe alguns exemplares interessantes para a mitologia desse gênero, na sétima arte. Franquias que conseguiram se sustentar e ganharam adaptações nos EUA, exemplo de "O Chamado" e "O Grito".
"Sadako Vs Kayako" é, portanto, a união das personagens dessas duas cinesséries e que, agora, enfrentam-se, enquanto fazem suas vítimas.
Não tem como não deixar de citar o excêntrico "Freddy Vs Jason" ao falar desse filme. Ora, quando os produtores de cinema resolvem investir em encontros desse naipe, talvez a fonte criativa esteja, literalmente, no fundo do poço (referência infame à origem de Sadako). Então, só a curiosidade mesmo de ver como esses dois ícones vão se encarar, além de saber quem venceria a batalha, é que atrai um olhar para o referido filme.
Vejam só, em "Sadako Vs Kayako" os indivíduos que residem nesse universo ainda não aprenderam que não devem ver a fita amaldiçoada ou entrar no casarão assombrado. Se bem que se tivessem aprendido não teríamos nosso filme.
E a história é justamente isso: enquanto as pessoas comentem erros em cima de erros as vilãs das duas franquias fazem o que bem sabem, elevando os lucros das funerárias locais.
O filme assusta? Não! O desgaste da imagem das duas franquias só provoca sustos moderados. Conseguimos nos interessar pelas vítimas? Nem um pouco! Chega a irritar a choradeira no encerramento da história. Há no último ato, uma garotinha sensitiva que não enxerga, mas não é bem desenvolvida e os entendidos nos assuntos místicos parecem um tanto atrapalhados em enfrentar os malassombros da vez. E se o confronto entre Sadako e Kayako deixa a desejar, o final em aberto até que é satisfatório.
Então, se você como eu tem uma curiosidade mórbida em ver encontros como esse, "Sadako Vs Kayako" é assistível, enquanto entretenimento pastiche do gênero. Se procura algo que realmente valha a pena, melhor procurar outra opção, pois as raivosas garotas cabeludas do Japão perderam o graça.
domingo, 28 de junho de 2015
Crítica: Zombeavers
O cinema lixo tem a capacidade de produzir algumas pérolas. São filmes que não possuem pretensão alguma e conseguem divertir apostando no nonsense. Zombeavers (2014) é um exemplo dessa premissa.
A ideia é chupada de outras produções que investem em animais que se tornam uma ameaça aos humanos. Nesse caso, são os castores, que viram zumbis após contato com material radioativo.
A trama é uma bagaça. Três moças vão curtir um final de semana numa cabana. Depois, seus namorados chegam. Claro que teremos garotas com os seios de fora, algumas cenas de sexo para apimentar a história e, depois, muito sangue. Todo filme de terror tem disso, né?
Os efeitos gráficos de Zombeavers são tão ridículos que não dá para segurar uma gargalhada quando os castores aparecem. São nitidamente bonecos manipulados. E muito mal-feitos, por sinal. Lá pela conclusão da trama, alguns dos jovens estão escondidos na cabana e só vemos o "branco dos olhos dos castores". Hilário!
Mas, o pior do filme ainda há por vir. Quem é mordido por um Zombeaver, vira um... Zombeaver! Como zumbis-castores-humanos. Inclusive, uma das personagens que achamos que vai sobreviver se torna essa espécie híbrida. A maquiagem, então, nem se fala de tão horrenda. É produção com B maiúsculo mesmo.
Ah, outra coisa. Os Zombeavers são inteligentes! Bem mais do que os humanos em cena. O final, como não poderia deixar de ser, é carregada de humor negro. Zombeavers é, sim, uma bomba atômica de tão ruim, mas tão ruim, que até diverte.
Avaliação: ★★1/2
sábado, 30 de maio de 2015
Crítica: Ex Machina
Um jovem programador (Domhnall Gleeson) é selecionado para participar de um experimento científico onde poderá testar a capacidade de um robô com inteligência artificial, criado pelo proprietário da empresa em que trabalha (Oscar Isaac).
O filme do diretor Alex Garland abre uma boa discussão sobre o tema ao mostrar o jogo de manipulações que é montado a partir desse mote. As reais intenções de cada peça desse tabuleiro são reveladas por camadas.
A discussão moral sobre o poder da criação da vida e a liberdade inerente ao ser são alguns dos questionamentos que o filme aponta. E, quando pensamos que Ex Machina vai seguir um determinado caminho, a trama mostra a sua profundidade com um desfecho sombrio e, ao mesmo tempo, revelador.
Avaliação: ★★★★
Crítica: A Incrível História de Adaline
A premissa de A Incrível História de Adaline é curiosa e chama a atenção. Após um acidente, uma mulher (Blake Lively) para de envelhecer ficando com uma aparência de 29 anos. As décadas passam e nada muda.
Com medo de se tornar um objeto de estudo, ela continuamente foge e assume outra identidade. O filme mostra o dilema de uma pessoa que se sente fora do eixo natural e que não pode se envolver com ninguém em decorrência dessa sua capacidade.
A trama tinha potencial, mas não consegue se desenvolver bem. Falta uma narrativa mais consistente diante do drama proposto. Lembra a temática de O Curioso Caso de Benjamim Button, de David Fincher. A conclusão é aquela típica solução dos filmes preguiçosos, que apresentan um problema e resolvem só para entregar um happy end. Desse jeito, A Incrível História de Adaline não faz jus ao título.
Avaliação: ★★1/2
Crítica: Cake - Uma Razão Para Viver
Jennifer Aniston era uma das apostas para o Oscar de Melhor Atriz pela interpretação em Cake - Uma Razão Para Viver. Mas, não foi dessa vez que a Academia reconheceu o seu talento.
No Filme, ela é uma mulher traumatizada que não consegue superar a morte do filho. Ela participa de grupos de auto-ajuda, todavia não se permite interagir; faz hidroterapia para minimizar as dores que sente, sem se esforçar para melhorar; não quer saber de compromisso sério, só relações passageiras; enfim, sofre de um tipo de letargia e se entrega ao sofrimento e ao vício em drogas.
O filme tem um ar depressivo, a morte ronda toda a trama, sendo que nos seus momentos finais há um lampejo de esperança. O esforço de Jennifer Aniston é visível, neste veículo apenas regular.
Avaliação: ★★★
domingo, 24 de maio de 2015
Crítica: Nunca Sem Minha Filha
No auge das locadoras de vídeo, eu sempre me deparei com este dramalhão protagonizado pela atriz Sally Field, mas por um motivo ou outro nunca me interessei em ver. Só hoje, ao encontrar o filme no catálogo do Netflix, é que decidi assisti-lo.
Nunca Sem Minha Filha (1991) conta a história real da americana Betty Mahmoody que foi visitar o Irã com o marido (Alfred Molina) e a filha e, só depois, descobriu que ele queria fixar morada na terra natal.
Betty quer voltar para casa, mas é impedida por ele, que muda completamente o temperamento tornando-se um homem violento e controlador. A trama narra as dificuldades da personagem em aceitar a situação de ser mantida em cativeiro, o choque sócio-cultural a que é submetida e suas tentativas de voltar para casa.
Dirigido pelo cineasta Brian Gilbert, Nunca Sem Minha Filha parece um telefilme desses feitos para verter lágrimas. A trilha sonora melosa e a narrativa água-com-açúcar lembram um novelão pouco memorável.
Avaliação ★★1/2
Avaliação ★★1/2
domingo, 17 de maio de 2015
Revisão: Homem de Ferro 3
Com seu tipo excêntrico, Robert Downey Jr conseguiu incorporar bem dois ícones da cultura pop: Sherlock Holmes e Tony Stark/Homem de Ferro.
O carisma do ator é um dos catalisadores do êxito comercial da franquia que vem crescendo exponencialmente a cada filme: U$$ 585 milhões, em 2008; U$$ 623 milhões, em 2010; e, incríveis, U$$ 1,2 bilhão, em 2013.
Se financeiramente, Homem de Ferro 3 atingiu uma marca espetacular, do ponto de vista narrativo, a história é a mais fraca das apresentadas, até então.
Vamos lá! O personagem continua destilando seu humor negro e os efeitos especiais são eficientes, Já no tocante à trama, o filme é confuso, os personagens são mal desenvolvidos e a impressão que dá é que o longa-metragem do diretor Shane Black não diz a que veio.
Um exemplo de como o filme desperdiça boas possibilidades se dá na construção do vilão Mandarim. Ora, ninguém menos que Ben Kingsley interpreta o personagem. Ou seja, talento tinha de sobra. Faltou, então, a vontade de querer fazer um filme melhor.
Nessa revisão, continuei achando Homem de Ferro 3 uma produção falha que se beneficiou da boa recepção dos seus antecessores e da atual febre de adaptações de HQ para o cinema. Fora isso, é um filme sem-graça que nunca ultrapassa a barreira do regular.
Avaliação: ★★
Crítica: Amistad
Neste drama histórico, o diretor Steven Spielberg centra sua narrativa num fato verídico que aconteceu no ano de 1839 a bordo do navio La Amistad.
O filme trata da luta de africanos escravizados em solo norte-americano, seu julgamento e libertação.
Lançado em 1997, Amistad tem uma narrativa forte, sobretudo ao mostrar as condições de captura e os maus-tratos e a forma sub-humana como essas pessoas são tratadas. As sequências que se passam no navio são impactantes e de forte cunho emocional.
Já nas cenas de tribunal, o filme evoca o início da abolição da escravatura e o funcionamento da máquina jurídica naquela época. O jogo burocrático emperra um pouco o ritmo da narrativa, deixando Amistad um filme, por vezes, monótono.
Spielberg poderia ter feito um filme mais cadenciado, apostando ainda mais na força do seu competente elenco: Djimon Hounsou, Anthony Hopkins, Morgan Freeman e Matthew McCounaghuey.
Avaliação: ★★★
sábado, 16 de maio de 2015
Crítica: Kingsman - Serviço Secreto
Adaptação de uma série de quadrinhos criada por Mark Millar e Dave Gibbons, Kingsman - Serviço Secreto teve boa recepção de público e crítica e alcançou um bom resultado nas bilheterias, com faturamento de mais de 400 milhões de dólares.
O filme é sobre uma agência de espionagens e um grupo de novos recrutas que busca uma vaga entre os agentes. Entre eles está o indisciplinado Eggsy (Taron Egerton), convocado pelo experiente agente Harry (Colin Firth).
O antagonista do filme é o vilão Valentine (Samuel L. Jackson) que, ao lado da sua assistente Gazelle (Sofia Boutelle), cria um dispositivo para eliminar boa parte da população mundial. Uma de suas justificativas é acabar com vários problemas enfrentados pelo mundo.
Colin Firth, que venceu o Oscar pelo seu papel do rei gago em O Discurso do Rei (2010), prova que também dá conta de papéis de ação. O personagem é elegante, mas extremamente mortal. Uma cena de ação que acontece dentro de uma igreja mostra bem isso.
Kingsman destila certa ironia ao homenagear os clássicos do gênero (como os primeiros filmes da franquia 007) e, ao mesmo tempo, prova que tem personalidade ao conseguir surpreender com alguns acontecimentos inesperados.
Os veteranos Michael Caine e Mark Hammil também dão as caras em Kingsman - Serviço Secreto. A produção tem boas sequências de ação, humor refinado e um sentido de aventura. Algumas vezes perde um pouco o foco, mas nada que incomode.
Avaliação: ★★★1/2
Crítica: Arrow - 3ª Temporada
Esse é um dos seriados que acompanho, às vezes dou uma parada, mas termino vendo até o final. E, nesta terceira temporada, especialmente, deixei muitos hiatos entre os capítulos. Mas, vamos às minhas impressões sobre a 3ª temporada de Arrow.
A série recomeça com a despedida de uma personagem importante. Um crime que terá implicações durante todo esse terceiro ano. A partir dessa morte é que a trama se desenvolve: o que há por trás desse assassinato?
Enquanto tenta desvendar o que aconteceu, Oliver Queen/Arqueiro Verde (Stepehn Amell) precisa lidar com o fato de que necessita da ajuda do seu time, ao mesmo tempo em que enfrenta um dos seus piores inimigos: Ra´s Al Ghull (Matthew Nable) e a sua Liga dos Assassinos, além de um "destino" iminente que não é lá tão agradável.
Se tem uma coisa que incomoda em Arrow é que o DNA do herói recai sobre todos os integrantes do time. De uma hora para outra, todo mundo vira ninja e decide combater o crime. Tudo bem que Thea (Willa Holland), irmã de Oliver, tenha recebido um "intensivão" do seu pai Malcolm Merlyn (John Barrowman), mas daí ela já encarar uma boa luta é forçar a barra.
E o que dizer de Laurel Lance (Katie Cassidy)? A advogada também cai na pancadaria. Pelo menos inicialmente ela mostra-se um tanto atrapalhada, mas sua evolução enquanto "heroína" não convence.
Neste ano, Arrow apelou para algumas mortes impactantes e ressurreições. Tudo bem que há toda uma mitologia que é explicada nesses acontecimentos, mas não deixa de tirar o impacto de que, sim, na guerra há baixas.
Outro ponto negativo desse ano foi a participação de Slade Wilson/Exterminador (Manu Bennett) num dos episódios. Ora, ele foi o terrível vilão da temporada passada e, nesta, surge apenas como uma "escada" para um dos acontecimentos.
Dentre o que teve de bom, o "crossover" com a série do Flash; a introdução de Ray Palmer/Eléktron (Brandon Routh); as tiradas de Felicity Smoak (Emily Bett Rickards); e a improvável união do time com o traiçoeiro Malcoln Merlyn (sempre pairava uma dúvida no ar sobre suas reais intenções).
O final teve um início bem interessante. A cidade enfrentaria uma grande ameça, o que terminou sendo mais uma bala de festim do que um tiro de canhão.
A impressão que tenho é que a série precisa ganhar fôlego para o seu quarto ano. Caso contrário, a história pode perder de vez a graça e ficar só se mantendo, no nível regular/bom.
Avaliação: ★★★
A série recomeça com a despedida de uma personagem importante. Um crime que terá implicações durante todo esse terceiro ano. A partir dessa morte é que a trama se desenvolve: o que há por trás desse assassinato?
Enquanto tenta desvendar o que aconteceu, Oliver Queen/Arqueiro Verde (Stepehn Amell) precisa lidar com o fato de que necessita da ajuda do seu time, ao mesmo tempo em que enfrenta um dos seus piores inimigos: Ra´s Al Ghull (Matthew Nable) e a sua Liga dos Assassinos, além de um "destino" iminente que não é lá tão agradável.
Se tem uma coisa que incomoda em Arrow é que o DNA do herói recai sobre todos os integrantes do time. De uma hora para outra, todo mundo vira ninja e decide combater o crime. Tudo bem que Thea (Willa Holland), irmã de Oliver, tenha recebido um "intensivão" do seu pai Malcolm Merlyn (John Barrowman), mas daí ela já encarar uma boa luta é forçar a barra.
E o que dizer de Laurel Lance (Katie Cassidy)? A advogada também cai na pancadaria. Pelo menos inicialmente ela mostra-se um tanto atrapalhada, mas sua evolução enquanto "heroína" não convence.
Neste ano, Arrow apelou para algumas mortes impactantes e ressurreições. Tudo bem que há toda uma mitologia que é explicada nesses acontecimentos, mas não deixa de tirar o impacto de que, sim, na guerra há baixas.
Outro ponto negativo desse ano foi a participação de Slade Wilson/Exterminador (Manu Bennett) num dos episódios. Ora, ele foi o terrível vilão da temporada passada e, nesta, surge apenas como uma "escada" para um dos acontecimentos.
Dentre o que teve de bom, o "crossover" com a série do Flash; a introdução de Ray Palmer/Eléktron (Brandon Routh); as tiradas de Felicity Smoak (Emily Bett Rickards); e a improvável união do time com o traiçoeiro Malcoln Merlyn (sempre pairava uma dúvida no ar sobre suas reais intenções).
O final teve um início bem interessante. A cidade enfrentaria uma grande ameça, o que terminou sendo mais uma bala de festim do que um tiro de canhão.
A impressão que tenho é que a série precisa ganhar fôlego para o seu quarto ano. Caso contrário, a história pode perder de vez a graça e ficar só se mantendo, no nível regular/bom.
Avaliação: ★★★
Crítica: Velozes e Furiosos 7
Falar de uma franquia que já está em sua sétima edição pode soar repetitivo. É meio que “tirar leite de pedra”, usando um velho jargão. O que dizer de um filme que tem como mote carros acelerados e ação non-stop, onde o roteiro poderia ser descrito numa página?
Mas, também não podemos ignorar um filme que ocupa a quarta maior bilheteria de todos os tempos, com mais de 1,4 bilhão de dólares arrecadados em todo o planeta. Alguma coisa Velozes e Furiosos 7 tem a dizer.
Obviamente, os fatores externos impulsionaram o resultado do filme. A trágica morte do ator Paul Walker, um dos protagonistas da trama, adiou o lançamento de Velozes 7 e criou a expectativa de como o filme se portaria diante do acontecido.
O filme mostra a trupe de amigos tentando levar uma vida normal, até que um assassino profissional (Jason Statham), busca vingança pela morte do irmão. Dominic Toreto (Vin Diesel) e seus parceiros agora lutam pela sobrevivência.
Claro que isso é só pretexto para o longa-metragem, que é conduzido pelo diretor James Wan (do filme de terror Invocação do Mal), abusar de cenas de grande impacto visual, onde os carros mega-ultra-power da franquia fazem de tudo, até “voam”!
Os personagens realizam proezas que extrapolam o absurdo e o longa tem sequências de encher a vista, daquelas que você balança a cabeça e diz “putz, que mentira da $#%&@! ”.
A questão é que a franquia conhece bem o seu público-alvo e coloca em cena tudo aquilo que esse público quer ver. Não temos grandes atuações, mas os atores sabem o que fazer. A ação não titubeia e o fator audiovisual é bastante intenso. É um filme que se enxerga essencialmente como entretenimento descerebrado, lucrativo, e que está pouco se lixando para o que a crítica tem a dizer.
Além do mais, a marca trabalha muito bem o fator “família”. Naquele pequeno grupo de amigos há lealdade, amizade e familiaridade. E isso meio que faz com que a gente torça pelos anti-heróis.
Claro que a morte de Paul Walker foi um verdadeiro baque para o elenco e, como não poderia deixar de ser, Velozes e Furiosos 7 encerra com uma bela homenagem ao ator. No final das contas, o filme é uma boa pedida para quem busca apenas diversão.
Avaliação: ★★★
domingo, 10 de maio de 2015
Crítica: Gothan - 1ª Temporada
A premissa era das mais interessantes: abordar a história do Batman antes dele sequer pensar em se tornar o Homem-Morcego.
Gothan surgiu com essa proposta. E as expectativas eram grandes, afinal filmes e seriados inspirados em quadrinhos deixaram de ser uma aposta qualquer para se consolidarem como um investimento rentável ou campeões de audiência.
Nesta primeira temporada, o protagonista é o Comissário James Gordon (Ben Mckenzie). Logo no início, ele é recrutado para investigar o assassinato de Thomas e Marta Wayne. Conhece o jovem Bruce Wayne (David Mazouz) que ficou sob a custódia do mordomo Alfred (Sean Pertwee). Ao jovem, Gordon promete decifrar o caso.
Ao longo dos episódios, conhecemos vários futuros inimigos do Cavaleiro das Trevas, entre os quais: Pinguim, Mulher Gato, Coringa, Espantalho, Duas Caras, Charada, entre outros. Tudo ainda lá no início, quando muitos nem pensavam que se tornariam criminosos. Gordon também tem que lidar com a Máfia que domina Gothan City e a corrupção que envolve a política, a polícia e a sociedade em geral.
Alguns dos destaques desta primeira temporada de Gothan são a inescrupulosa Fish Mooney (Jada Pinkett Smith), que protagoniza uma das cenas mais impactantes da série e o dúbio Pinguim (Robin Lord Taylor), que termina sendo um reflexo do jogo de traições que domina todo esse primeiro ano.
Se durante os 22 capítulos exibidos, Gothan teve bons momentos, em vários episódios pareceu perder o foco, ficando centrado no "caso da semana". O final da 1ª temporada meio que encaminhou o destino de alguns personagens e deixou algumas expectativas no ar.
No geral, a trama de Gothan poderia ser condensada em menos capítulos, cortando alguns excessos que deixaram a história um tanto arrastada em diversos momentos. Mesmo assim, há a expectativa de que a série ganhe fôlego em seu segundo ano.
Avaliação: ★★★1/2
sábado, 18 de abril de 2015
Os Caras de Pau: O Misterioso Roubo do Anel
O roteiro de "Os Caras de Pau: O Misterioso Roubo do Anel" parece ter sido sugado de algum desenho do Scooby-Doo, incluindo referências a O Poderoso Chefão, Missão Impossível, A Dama e O Vagabundo e algum filme de ninja, entre outros.
É assim mesmo, uma verdadeira colcha de retalhos como o filme, que leva a série televisiva para a tela grande, é tratado.
Na história, os seguranças atrapalhados Pedrão (Marcius Melhem) e Jorginho (Leandro Hassum) são contratados para protegerem um valioso anel que está exposto num museu. Obviamente, a joia é roubada e os dois patetas se envolvem nas mais variadas confusões para resolver o imbróglio.
Claro que, no filme, há vários momentos engraçados. Hassum e Melhem tem boa química e sabem utilizar bem os cacoetes dos seus personagens. Todavia, a medida que a trama se desenrola temos mais certeza que a história poderia, muito bem, ter sido contada em algum especial da TV.
Avaliação: ★★1/2
É assim mesmo, uma verdadeira colcha de retalhos como o filme, que leva a série televisiva para a tela grande, é tratado.
Na história, os seguranças atrapalhados Pedrão (Marcius Melhem) e Jorginho (Leandro Hassum) são contratados para protegerem um valioso anel que está exposto num museu. Obviamente, a joia é roubada e os dois patetas se envolvem nas mais variadas confusões para resolver o imbróglio.
Claro que, no filme, há vários momentos engraçados. Hassum e Melhem tem boa química e sabem utilizar bem os cacoetes dos seus personagens. Todavia, a medida que a trama se desenrola temos mais certeza que a história poderia, muito bem, ter sido contada em algum especial da TV.
Avaliação: ★★1/2
sexta-feira, 3 de abril de 2015
Crítica: Showgirls
Considerado um dos piores filmes de todos os tempos, vencedor de vários Framboesas de Ouro, fracasso de crítica e bilheteria, só hoje, vinte anos após o seu lançamento oficial, decidi conferir Showgirls (1995), do diretor Paul Verhoeven.
E, por incrível que pareça, não achei o filme de todo ruim. Pelo contrário. Showgirls poderia, muito bem, ser a reedição da trama às avessas da jovem sonhadora, incauta, que busca o estrelato num meio podre, mas consegue conservar sem máculas morais a sua dignidade.
A trama, que tem ecos de A Malvada (All About Eve, 1950), de Joseph L. Mankiewicz, conta a história de Nomi Malone (Elisabeth Berkley) que chega a Las Vegas em busca do sucesso, consegue uma vaga como stripper e ascende ao posto de estrela.
Em várias ocasiões, ao ser confrontada sobre suas escolhas profissionais, a personagem reforça o discurso de que não se vê como uma prostituta. Fato que a atual estrela do show, Cristal Connors (Gina Gershon), rebate continuamente, com joguetes e ironias, como se tentasse arrancar a máscara moral de Nomi e provasse como ambas agem de forma semelhante.
Verhoven abusa de cenas de nudez gratuita: seios à mostra, movimentos pélvicos em cenários e atuações "over", que transmitem emoções frias, apesar do apelo cercado de erotismo. É justamente o anti-sexo, ou o seu lado mais corruptível ou comercial.
Para atingir os seus objetivos, Nomi não titubeia em agir dubiamente, segundo as regras do que parece ser extremamente comum naquele ambiente. E se há olhares atravessados ou julgamentos de valor, tudo é absorvido com o tempo, revelando a real condição de toda aquela selva amoral.
Só pelo fato de Paul Verhoeven não ter tido nenhum receio de filmar essa saga ao seu jeito, sem preocupação alguma em abrir a "Caixa de Pandora", Shorgirls vale um segundo olhar ou uma apreciação mais minuciosa.
Avaliação: ★★★1/2
terça-feira, 31 de março de 2015
A Hora do Pesadelo 5: O Maior Horror de Freddy
Um "Super Freddy" é apenas uma das brilhantes ideias do roteiro de A Hora do Pesadelo 5: o Maior Horror de Freddy (1989).
O filme traz a protagonista da história anterior, Alice (Lisa Wilcox) que volta a ser assombrada pelo vilão da Rua Elm.
Após ser derrotado em Mestre dos Sonhos (1988), Freddy (Robert Englund) invade os sonhos do feto que Alice carrega na barriga e, a partir disso, passa a atacar os amigos da garota.
Não há muito o que falar desse novo Pesadelo. A essa altura, a franquia se tornou uma piada sem graça, com elenco sem carisma e uma série de mortes que tentam dar um ar de criatividade a tamanho besteirol. Uma das vítimas é fã de quadrinhos e, voilá, tem que enfrentar o tal Super Freddy.
O roteiro ainda tenta inserir um pouco da história da mãe de Freddy, Amanda Kruegger, para dar um ar de dramaticidade, mas o filme não consegue fugir do estigma da caricatura. Comercialmente, a produção levou um merecido tombo, arrecadando 22 milhões de dólares, menos da metade da parte 4.
Avaliação: ★
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