Filmes de Fantasia ganharam novo ânimo com os dólares (milhões) acumulados de O Senhor dos Anéis. Um filão renovado surgia no horizonte. Muitos filmes foram produzidos nessa leva como As Crônicas de Nárnia, Eragon, Desventuras em Série e A Bússola de Ouro.
Até aqui, nenhum desses atingiu o coeficiente da saga de Tolkien, tão bem orquestrada por Peter Jackson. No máximo, bateram na trave, caso de Nárnia.
As Crônicas de Spiderwick também surgiu com esse propósito. Pegar carona no novo público sedento por aventuras épicas, inspiradas em livros, com criaturas estranhas e crianças protagonistas.
Fez sucesso relativo. Nada de arrasa-quarteirão. Faturou 162 milhões de dólares, mundiais, para um custo de 90 milhôes. Mas a (boa) história, diferentemente de outros filmes desse gênero, dá liga, principalmente por realçar o fator humano.
O filme começa com um pesquisador escrevendo suas revelações num livro. Oitenta anos separam esse passado do presente onde um garoto (Freddie Highmore) e sua família chegam para morar numa casa abandonada no meio do nada. Uma Mansão Adams, como diz um dos personagens.
Em pouco tempo, o protagonista, relutante com a nova vida, descobrirá que aquela casa guarda segredos de criaturas fantásticas que habitam as redondezas. O Bem versus o Mal será o mote da trama, com os vilões (monstros em forma de anfíbios e répteis) tentando roubar o tal livro que revela informações importantes.
Esse quiproquó, frequentes em histórias desse tipo, fica interessante pelos problemas familiares que o protagonista terá que aprender a enfrentar. Ausências sentidas, perdas e reencontros dão o mote, tornando As Crônicas de Spiderwick um programa visualmente bonito e humanamente tocante.
Avaliação: 8,0.
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