O propósito de uma comédia é fazer rir. Arrancar gargalhadas sinceras de momentos engraçados, com caras, bocas ou o fator inusitado de uma narrativa, que pode ser uma piada bem colocada ou uma crítica de costumes.
As Viagens de Gulliver (2010) tem essa missão, mal-cumprida, por sinal. É difícil gargalhar com algo que acontece nesse filme protagonizado por Jack Black. O ator, naturalmente engraçado, faz seus trejeitos e até que tenta extrair um sentido cômico da história, mas termina sendo sufocado pelo roteiro esquemático.
O filme, adaptação moderna do livro As Viagens de Gulliver do escritor irlandês Jonathan Swift, conta a trajetória do “cara da correspondência” (Black) que estacionou na vida pessoal e no trabalho. Confrontado pela chegada do novo colega de profissão, arrojado e ambicioso, enfim, entende que se não se arriscar jamais sairá da mesmice.
Tentando impressionar sua chefe, a editora vivida por Amanda Peet, apresenta textos copiados da internet, como se fossem seus, e recebe uma pauta inusitada: uma matéria sobre o triângulo das bermudas. Um fenômeno da natureza faz com que ele chegue até Lilliput, onde a população é minúscula.
Capturado pelas pessoas daquele povoado, ele se torna ídolo local ao salvar a princesa do sequestro dos inimigos do reino. Aproveita as benesses de ser um gigante para impor um estilo egocêntrico aos lilliputianos. Exímios construtores, eles recriam uma Manhattan repleta de cartazes, outdoors com Gulliver estampado em todos os espaços e essas histórias sendo apresentadas como se fossem parte de sua biografia.
O restante da trama parece ter sido escrita para ensinar Gulliver a conquistar a autoconfiança. Mote principal de um fillme burocrático que falha, justamente, na sua finalidade.
Um comentário:
Acho Jack Black muito chato.
www.ofalcaomaltes.blogspot.com
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