sábado, 18 de janeiro de 2014

Crítica: Instrumentos Mortais - Cidade dos Ossos

Estamos enfrentando uma verdadeira avalanche de adaptações de livros com temáticas adolescentes no cinema. Umas que, no campo financeiro, se saem bem (Harry Potter, Jogos Vorazes, Crepúsculo), outras nem tanto (Percy Jackson, Dezesseis Luas). Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos se enquadra nessa segunda opção.

Inspirado no primeiro livro escrito por Cassandra Clare, o filme teve recepção morna e sofreu para pagar seus custos de 60 milhões de dólares. Recuperou os investimentos no mercado internacional, faturando um troco a mais de 20 milhões de dólares, o que pode garantir novas incursões na tela grande.

A trama é extremamente clichê. A jovem Clary Fray (Lilly Collins) passa a desenhar e ver um estranho símbolo por todos os cantos. Depois, começa a ver criaturas esquisitas. Não demora, e a mesma descobre que não faz parte do mundo real e que é uma caçadora de demônios. Sua mãe protegeu sua verdadeira identidade por vários anos e agora ela é obrigada a lidar com esse novo mundo, repleto de bruxas, vampiros, lobisomens e criaturas afins.

Tudo acontece muito rápido. E o público que nunca ouviu falar na historinha é obrigado a engolir um prato frio, recheado de informações que, logo, logo, esquecemos. Quando o ponteiro marca meia-hora de exibição a gente fica torcendo pra acabar, entretanto, o filme dura intermináveis duas horas, cheias de lutas, de correrias e de personagens que nunca se tornam interessantes. 

Talvez o filme agrade os leitores de Cassandra Clare. Mas, para o público em geral, que vai em busca de gastar algumas horas vendo um filme bacana, tudo é muito aborrecido. O único fato que chama a atenção é o amor proibido entre a protagonista e um dos caçadores, num desses segredinhos que os escritores inventam para tornar a coisa mais interessante. O que, convenhamos, é muito pouco para valer a pena o tempo perdido. 

Avaliação: ★1/2

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