sábado, 3 de maio de 2014

Crítica: Pompeia

As poderosas imagens da erupção do Monte Vesúvio e a destruição da cidade romana de Pompeia não causam a comoção que poderíamos esperar de um filme desse porte, pois o filme falha no que deveria ser o seu principal suporte: o aspecto humano.

Dirigido pelo cineasta Paul W. S. Anderson, Pompeia (2014) até que tenta contar uma história-gancho com o romance proibido entre um gladiador (Kit Harington) e a filha de um comerciante (Emily Browning), que é obrigada a se casar com um senador de Roma. No filme ainda há uma clássica história de vingança, onde a família do protagonista foi massacrada quando ele ainda era criança, pelo rival. 

Todavia, nada disso é o bastante para tirar o filme daquela zona de conforto do chamado "filme de desastre". A expectativa para a inevitável tragédia é o que motiva o público a acompanhar o desenrolar dessa história e, nesse aspecto, Pompeia é competente na construção de sequências impressionantes, valorizadas pelo aumento do som e por efeitos gráficos grandiosos que tentam potencializar o signo da catástrofe.

Paul W. S. Anderson tem no currículo filmes como Resident Evil e Alien Vs. Predador. Produções conhecidas pelas suas características de vídeo-game e por roteiros anêmicos. Em Pompeia, o diretor teria que superar esse aspecto, já que o filme exigia uma maior relevância dramática para ser levado a sério. 

Nada disso acontece e o roteiro prefere priorizar o lugar-comum, apostando todas as suas fichas no entretenimento.

Curiosamente, o coliseu onde os gladiadores lutam pela vida, enquanto o público ovaciona duelos sangrentos como se estivesse acompanhando um espetáculo circense, é uma metáfora direta de um tipo de filme que pouco tem a dizer e muito tem a mostrar. 

Avaliação: 

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