terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Crítica: Marley & Eu

Marley & Eu é uma fábrica de lágrimas. E esse era mesmo o resultado esperado com a adaptação do bestseller do jornalista John Grogan para as telas do cinema. A história que conta as aventuras do cão labrador Marley e sua família, durante 13 anos, é dessas que enchem o coração promovendo uma significativa identificação entre espectador e cinema. Principalmente se você tem algum bichinho de estimação.
Geralmente, as adaptações literárias sofrem ao serem transportadas para os filmes, pela falta de certos detalhes ou passagens e, também, pela ausência do espírito característico de cada livro. Nem sempre a realização áudio-visual confere com o que sentimos no folhear de páginas, principalmente, quando imagens e sons escolhidos diferem do que pensamos.

Não é o que acontece em Marley & Eu. Óbvio que é praticamente impossível esperar uma adaptação fidedigna, até pela questão do meio escolhido. Contudo, apesar dessa escrita, o filme é bem resolvido e consegue perpassar a mesma emoção oferecida no famoso livro.

Marley, histérico, bagunceiro e de bom coração, é aquele tipo de cachorro que provoca confusões, destrói móveis, tira a paciência de vizinhos, amigos, babás e, mesmo assim, consegue conquistar o coração de seus familiares. Jennifer Aniston e Owen Wilson interpretam o casal de jornalistas que adotam o labrador como experiência pré-filhos. A atuação simples, meio doidinha dos dois, contribui para a leveza da narrativa.

O filme é esticado. As quase duas horas de duração cansam um pouco. Mas a parte final de Marley & Eu é repleta de sentimento. As últimas cenas são acompanhados por olhos atentos e lacrimejados. O peito aperta e o silêncio da plateia é reflexo da sinergia provocada pela honestidade de um filme que quer, de forma legítima, emocionar. 
Avaliação: 8,0

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