sexta-feira, 20 de maio de 2011

Crítica: Velozes e Furiosos 5 - Operação Rio

O futuro da série Velozes e Furiosos deverá ser o mesmo das provas de Fórmula 1, com etapas disputadas em vários recantos do mundo.

Pelo menos é essa a impressão que "Velozes 5: Operação Rio" deixa passar. A próxima parada, pelo visto, será disputada na Europa. O roteiro? Não deve diferir muito do que vemos hoje: carros envenenados, gatas de short curto e sequências desafiando a lógica e a lei da gravidade.

A história dessa parte 5 de passa no Rio de Janeiro. Pelo menos, a produção trabalha bastante para acreditarmos nisso. A verdade é que apenas algumas cenas de cartão-postal foram filmadas na Cidade Maravilhosa. O resto é embuste. 

O novo "Velozes" foi filmado em Porto Rico, segundo informações de revistas especializadas. Para enganar a plateia, não faltam personagens com camisas da seleção brasileira, logomarcas de produtos consumidos em terras tupiniquins, bandeiras penduradas aqui e acolá e o verde-e-amarelo saltando na tela de vez em quando. Cinema é ilusão. E os produtores alegaram as dificuldades de se filmar no Rio de Janeiro. Coisas de Hollywood.

Sobre o filme, a história é um mix de outros longas conhecidos do grande público. Tem um pouco de Onze Homens e um Segrendo e até Tropa de Elite. A trama reúne personagens dos longas anteriores para uma missão no Rio de Janeiro. A narrativa pouco importa, é verdade. Velozes e Furiosos apenas aproveita a chance para deslizar cenas de ação enlouquecidas nos olhos do público. Pelo menos não é em 3D.

Há muitos estereótipos sobre o Brasil. Não podia ser diferente, pois se trata do olhar ianque sobre o país. Alguns podem sair ofendidos com o jeitão de "terra-sem-lei" que é jogado na nossa cara. Contudo, o fator "diversão" bem que compensa essas derrapadas diplomáticas.

O filme, afinal, é feito para se divertir durante um par de horas e esse propósito é alcançado. Os personagens unidimensionais parecem conhecidos nossos depois de tanta repetição nas telas. E isso contribui para aceitarmos o fiapo de história e rir um pouco com tantos absurdos cinematográficos.

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