Essas digitais apenas provam que o filme tinha o interesse de criar um clima de suspense e romance, atualizando a história e conferindo ao conto ares mais sombrios.
A trama se passa numa vila isolada que convive com os perigos de um lobo que ronda os arredores. Eles convivem de forma pacífica até a criatura atacar uma das moradoras. A comunidade busca vingança e a desconfiança passa a reinar. Quem deles poderia ser o tal Lobisomem?
Valerie (Amanda Seyfried) é a versão moderna de "Chapeuzinho". No filme, somos conduzidos pelos seus dilemas amorosos (entre dois personagens de características antagônicas) e sua capacidade de se comunicar com o lobo, o que lhe dá status de "bruxa".
Infelizmente, a dramédia psicológica oferecida pela diretora Catherine Hardwicke não convence o público interessado em acompanhar uma história mais densa. Ou seja, a proposta de A Menina da Capa Vermelha não é atendida. Em partes, o longa-metragem nos oferece alguns apetrechos narrativos, mas a superficialidade da história, em si, termina tornando o filme um programa arrastado e pouco atraente.
Não adianta criar um cenário claustrofóbico, de tensão e certa volúpia sexual, quando nem os personagens nem a história prendem a atenção. A trajetória dos personagens não cria interesse e, muito menos, o desenlace do filme. Em A Menina da Capa Vermelha temos, portanto, um produto de cunho psicológico que despreza a própria proposta.
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