Crítica: Transformers 3

Talvez você ainda não tenha visto Transformers 3: O Lado Oculto da Lua. Mas, certamente,  se o assistir terá aquela impressão de que já tinha passado o olhar pela história. Um Deja Vu? Talvez!

Essa é uma impressão muito viva quando as luzes dos cinemas se acendem e abandonamos nossas poltronas. Pois, o lucrativo novo filme do diretor Michael Bay não passa de uma derivação de outros longas que tratam dos tão propagados valores americanos regados à bala, explosões e discursos ufanistas.

Entretanto, não sejamos tão ácidos. Quem viu os dois primeiros Transformers e cochilou, talvez consiga segurar o sono dessa vez. Há comédia, drama, suspense e ação, muita ação, aliás! O filme faz uma ligação entre a corrida espacial e a chegada dos Autobots e Decpticons à terra. Um "segredo" militar pode culminar numa nova disputa entre os robôs gigantes e os coadjuvantes seres humanos.

Em Transformers 3 há traições de ambos os lados, com o objetivo de apimentar a narrativa. A saída de Megan Fox é respondida com um fora em San Witwicky (Shia LaBeouf). Uma coisa que chama a atenção é que o filme até dá um certo espaço para os personagens, contudo deixa claro que eles não são a prioridade da franquia. Todos são abandonados em prol do visual grandiloquente e da barulheira ensurdecedora.

E, pelo visto, a franquia ainda terá uma longa carreira nos cinemas. Com os dados atualizados do Box Office Mojo, o novo Transformers já supera a marca de 645 milhões de dólares arrecadados em todo o planeta. É bem possível que o filme consiga superar a marca do bilhão, ultrapassada recentemente pelo novo Piratas do Caribe.

Claro que ninguém vai ao cinema para ver um filme como Transformers em busca de algo além do que foi prometido. A questão é que espetáculos como esse ajudam a formar "cinéfilos" que dificilmente terão interesse em buscar outras experiências na sétima arte ou algo que realmente valha a pena. O conluio som-imagem é bem mais interessante do que os truques digitais de Bay e similares.