quinta-feira, 7 de julho de 2011

Revisitando "Sinais"

Sempre é bom rever um filme algum tempo depois que o mesmo foi exibido. Às vezes, as impressões mudam com o tempo e determinados direcionamentos acabam fazendo mais sentido.

Vi Sinais de M. Night Shyamalan quando foi exibido nos cinemas, em 2002. Era o mais novo empreendimento do diretor indiano que hipnotizou plateias com O Sexto Sentido (1999). Não por menos, era um longa-metragem aguardadíssimo pelo público.

Tantos anos depois, "Sinais" não perdeu o seu brilho. Continua sendo um ótimo suspense sobre invasões alienígenas e a suas consequências sobre uma família onde o patriarca (Mel Gibson) perdeu a fé, após a morte da mulher. Os tais sinais surgem como imensos círculos feitos numa plantação de milho, no Condado de Bucks (Pensilvânia). Pela TV, ficamos sabendo que o fenômeno se repete em todo o planeta.

Na época, não concordei com o final de Sinais que, durante toda a projeção trabalhava o suspense psicológico e no encerramento dava forma física ao medo, mostrando a criatura extra-terrestre.

Essa impressão meio que se dissipou com um outro olhar, tanto tempo depois. O filme é redondinho. Discorre sobre coincidências e milagres. Tudo faz sentido, desde a asma do filho (Rory Culkin) até a mania da filha (Abigail Breslin) em deixar copos de água espalhados pela casa. Aliás, o elenco todo é muito bom, inclusive Joaquim Phoenix, que faz o irmão de Gibson. E a aparição do tal E.T. era uma estratégia realmente necessária.

O clima de Sinais lembra um pouco o do Tubarão (1975) de Steven Spielberg, considerada a obra seminal dos chamados "Blockbusters". O filme era um tratado psicológico sobre o medo, onde o peixão só surgia por completo no final.

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