quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Baú de críticas: A Bruxa de Blair

A Bruxa de Blair é um desses filmes pequenos que surgiu de uma ideia inovadora.

Os diretores (Daniel Myrick e Eduardo Sanches, ambos na casa dos 30 anos) criaram uma página na internet contando detalhes sobre o desaparecimento de três jovens que faziam um documentário sobre a lenda de uma bruxa na floresta de Burkittisville. Nesse site era possível encontrar informações detalhadas sobre o trabalho de busca dos corpos e até ler jornais da época em que o fato ocorreu.

Tudo isso, na verdade, era um blefe. Uma jogada de marketing para promover o filme que seria um pseudo-documentário editado com material encontrado na tal floresta e filmado pelos próprios jovens. Muita gente que viu acreditou na história. Câmara tremida e desfocada, uma tosqueira artesanal que "jamais poderia ser cinema". Pois bem, a brincadeira que custou míseros 35 mil dólares teve faturamento estratosférico, algo em torno dos  248 milhões de dólares mundiais.

Não tive a oportunidade de ver A Bruxa de Blair no cinema. Contudo, mesmo em vídeo, o filme impressiona. O espectador é transportado para a "história" (ou para os pedaços dela) e vai sendo envolvido até a perturbadora cena final. O clímax! Até lá, quem sabia que era tudo de mentirinha, ou não, já tinha tomado uma leva de sustos. Afinal, a realidade assusta bem mais do que a ficção.

Hoje, isso é tão comum, basta ver filmes como a franquia Atividade Paranormal. A fórmula é a mesma. Só que A Bruxa de Blair nasceu numa época onde ainda não tínhamos tanta familiaridade assim com a internet e, muito menos, com as mídias sociais. É por assim dizer vanguardista na arte de assustar.

Utilizando técnicas de marketing e atiçando a curiosidade, A Bruxa de Blair foi um dos fenômenos cinematográficos do profícuo ano de 1999. Não é um filme para se ver e rever. Serviu bem àquele propósito, naquele momento e valeu mais por saber atiçar o seu público-alvo de forma inteligente e criativa.

Avaliação: 

Nenhum comentário: