domingo, 19 de janeiro de 2014

Crítica: Resgate em Alta Velocidade

Fico aqui imaginando como deve ter sido a reunião que apresentou a sinopse de Resgate em Alta Velocidade (Getaway, EUA/Bulgária, 2013) para os investidores.

O idealizador do longa , provavelmente, ressaltou que filmes de carros irados a mil por hora estão em alta. A franquia Velozes e Furiosos, certamente, foi colocada como exemplo.

Aí a grande sacada: "um filme de ação incessante, onde a esposa de um motorista de carros de corrida é sequestrada e o dito-cujo é obrigado a entrar numa missão suicida para salvar a vida da mulher, com a ajuda de uma garota nerd que resolve qualquer parada".

Dois astros de Hollywood (Ethan Hawke e Selena Gomez) e um ator veterano (Jon Voight) participariam do longa. A edição teria muitos cortes, com trilha incansável e enxertos de tecnologia, além daquele típico desfecho com uma surpresinha no final.

Visto, o que parece ser uma ideia lucrativa, na verdade, mostra ser uma grande bomba. O cineasta Courtney Solomon sequer tinha o que fazer diante de um roteiro meia-boca que explora, apenas, a alta velocidade da trama e uma edição 'The Flash'. Fora que as situações apresentadas chegam a ser absurdas. Como entender que a personagem de Selena Gomez (que nem nome tem) decide ajudar um cara que, aparentemente, roubou seu carro e ela nunca ouviu falar? Sem contar que é bem difícil se interessar pelo drama apresentado por aqui, já que os personagens parecem rascunhos de seres humanos.

Bem, se a ideia era ganhar dinheiro, Resgate em Alta Velocidade não conseguiu corresponder a contento. É certo que se trata de um filme "barato", que custou míseros 18 milhões de dólares, todavia, mesmo assim, sequer conseguiu pagar seus custos, faturando pouco mais de U$$ 10 milhões. Motivo suficiente para os investidores defenestrarem quem criou e apresentou tamanho abacaxi.

Avaliação: 

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