segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Crítica: Spring Breakers - Garotas Perigosas

Num primeiro olhar sobre Spring Breakers - Garotas Perigosas (2013) poderíamos deduzir que estamos diante de mais uma produção sobre as futilidades do universo adolescente.

O filme começa com uma sequência na praia que mais parece um bacanal, com homens e mulheres seminuas, simulação de sexo, drogas e toda aquela agitação frívola dos filmes dessa natureza. Essas pessoas estão participando do "Spring Break", na Flórida, que reúne jovens para celebrar e fazer o que lhes der na teia.

Na história, quatro amigas querem participar do evento, mas não tem dinheiro. Roubam um restaurante e conseguem a grana. Depois de muita zoação são presas (por uso de drogas e bebidas) e soltas por um bandido local (James Franco), com quem passam a se relacionar.

Spring Breakers se torna um filme sombrio, quando a personalidade das garotas é revelada. Elas gostam do perigo e do estilo de vida superficial que passam a vivenciar. Uma delas percebe o erro e vai embora, enquanto as outras se encaixam bem naquilo tudo.

Uma metáfora que diz muito sobre o que o filme tenta transmitir fala algo sobre "o mar brando infestado por tubarões", na fala de um dos personagens. O que ele queria dizer com aquilo? Provavelmente, fazia uma referência ao contraste entre a tranquilidade e o perigo dos excessos cometidos por aquele  grupo.

O filme também faz uma crítica ao sonho americano, ao exteriorizar o que as pessoas podem fazer para viver uma fantasia de luxo e perversão moral. O desfecho impactante revela a frieza e a melancolia da alma de pessoas deslocadas, que ainda buscam um sentido para a existência.

Avaliação: ★1/2

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