Pois bem, Ninfomaníaca volumes 1 e 2 vinha atiçando a curiosidade do público que ficou interessado nos relatos das aventuras sexuais de Joe (Charlotte Gainsbourg) e na presença de atores conhecidos como Willem Dafoe, Shia Laboueff e Uma Thurman. As duas partes já estrearam nos cinemas. O diretor até aceitou fazer alguns cortes para o filme ter um público maior nas salas de exibição. Uma versão do diretor promete trazer o que muitos não tiveram a oportunidade de ver.
Sobre os dois filmes, há muitas discussões sobre culpa, vazio existencial, sobre o politicamente correto e a vigília moral da sociedade. O sexo em Ninfomaníaca é reprimido e mutilado, e apesar de explícito é frígido, mecânico. A solidão da personagem e acentuada, bem como a hipocrisia de quem a excomunga. É, na verdade, um filme menos sobre sexo e mais sobre os pudores implícitos de uma sociedade dissimulada.
Com Ninfomaníaca, o diretor toca numa ferida difícil de suturar. Soube usar bem as técnicas comerciais para promover seu produto, algo bem distante da ideia do Dogma 95 (o anti-marketing), sabendo que sua assinatura, por bem ou por mal, tem o seu valor. E, convenhamos, nesse caso, promove uma discussão bastante salutar.
Bilheterias – No Brasil, 300: A Ascenção do Império segurou a liderança batendo o nacional Alemão, que ficou em segundo lugar. A estreia Need For Speed: O Filme ficou em terceiro. Robocop foi o quarto mais visto no país. No mundo, o longa de José Padilha acumula 233 milhões de dólares.
Confronto – Anotem essa data: 6 de julho de 2016. Nesse dia, dois blockbusters inspirados nas HQ estreiam nos cinemas mundiais: Batman Vs Superman e Capitão América 3. Quem vencerá esse duelo de titãs?
Seriado – Essa é para quem gosta de séries. Já ouviu falar em Les Revenants? Essa produção francesa de 2012 mostra pessoas mortas voltando ao mundo dos vivos como se nada tivesse acontecido. É instigante e sombria! Vale um olhar!
Coluna publicada no Jornal De Fato - 20/03/2014
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