quarta-feira, 19 de março de 2014

Crítica: Toque de Mestre

Toque de Mestre (2014) guarda semelhanças com Por um Fio (2003), do diretor Joel Shumacher.

Nos dois filmes, homens são ameaçados por uma voz misteriosa que diz o que eles devem fazer, caso contrário pessoas de seu apreço morrerão. O mote dos dois filmes é o mesmo: como uma pessoa consegue agir sob extrema pressão?

Na trama de Toque de Mestre, Elijah Wood (O Senhor dos Anéis) é um conceituado pianista que tem agendado o seu retorno aos palcos, mas não está tão seguro dessa volta. Quando o concerto se inicia, ele descobre nas partituras mensagens ameaçadoras. Começa a receber ordens de um estranho que diz, categoricamente, faça a melhor apresentação da sua vida, caso contrário, sua esposa morrerá. Isso inclui uma canção, considerada intocável.

Como administrar essa situação diante de um palco lotado e, ao mesmo tempo, manter a tranquilidade para não cometer erros? Esse filme de origem espanhola, do cineasta Eugenio Mira (do filme Poder Paranormal), bem que tenta se equilibrar, todavia faltam-lhe elementos para segurar a narrativa, apelando para mortes inesperadas e tomadas de decisão inusitadas.

Um dos maiores mistérios do filme é a identidade do chantagista, coisa que não se sustenta para quem der uma prévia olhada nos créditos. E os seus motivos? Parecem tão banais, diante de um desfecho que deixa a dúvida pairando no ar.

Da mesma forma que em Por um Fio, Toque de Mestre começa bem, mas termina irregular. Como se faltassem argumentos para desenvolver uma ideia inicial promissora.

Avaliação: ★1/2

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