terça-feira, 2 de dezembro de 2008

007 - Quantum of Solace


Cassino Royale chegou aos cinemas com a missão de modificar a imagem cristalizada de um dos ícones mais resistentes do cinema de entretenimento. E Daniel Craig, que não era o preferido dos bondmaníacos, se enquadrava bem nessa nova realidade. O filme renovou os ares do personagem de Ian Fleming para o formato atual do cinema de ação com câmera documental, ação pertinente e ritmo conspiratório, bem ao estilo Jason Bourne. 
Quantum of Solace vinha com o objetivo de quebrar mais um paradigma. Ao se tornar a primeira continuação de um filme de James Bond. Visto, o longa-metragem de Marc Foster (O Caçador de Pipas) mantém a essência do filme anterior no quesito hiper-atividade, com seqüências agressivas e rápidas, mas perdendo na história, ponto alto de Cassino Royale.

Como se sabe, em Quantum of Solace James Bond (Craig) busca os responsáveis pela morte de Vésper Lynd (Eva Green). Esse espírito vingativo do personagem se materializa em várias mortes no decorrer do filme, com a reprovação de sua superior M (Judi Dench), que pede serenidade ao seu agente.

A parte técnica de Quantum of Solace é bem realizada, especialmente se o espectador procura meras seqüências de adrenalina. 

A narrativa, entretanto, emperra provocando bocejos e desatenção. Falta estímulo para acompanhar a dupla trama de vingança, a segunda protagonizada pela bondgril ucraniana Olga Kurylenko. Pouco importa também as subtramas e os meliantes vilanescos desse novo filme do Agente 007. 


Daniel Craig dá feições pesadas a um personagem historicamente leve. Condiz com a nova filosofia adotada pelos produtores de James Bond e bem realizada em Cassino Royale, que neste Quantum of Solace provoca certa sensação de ranço, espera-se amenizado no próximo filme da franquia. 

Cotação 6,0

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