
Aronofsky (dos igualmente estranhos "Pi" e "Réquiem Para um Sonho") filma algo que em certos momentos nos parece familiar, no tocante à narrativa conceitual, mas que em outros instantes reflete um estado de espírito. São imagens-símbolo em congruência em histórias que, por mais díspares que possam aparentar, terminam desaguando na mesma fonte, pois possuem um sentido único, linear.
Se, para alguns, Aronofsky soou "pretensioso" (há ecos de "2001: Uma Odisséia no Espaço", de Stanley Kubrick), na verdade o diretor busca alternativas para um cinema preguiçoso, de roteiros rasos e sem densidade dramática.
Feito por um Michael Bay, "Fonte da Vida" padeceria sob sua auto-importância. Sob a tutela de Aronofsky, temos um filme silencioso (mesmo com a intensa trilha sonora), onde a idéia dá voltas, contudo há uma essência verdadeira, quase sublime, onde o amor tende a ser imortal.
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