Ninja Assassino tinha jeito de ser uma grande bobagem. No máximo, mais uma dessas historinhas de kung fu com lutas bem coreografadas e conteúdo de menos. E a coisa caminha por aí mesmo. Mas, o fato de não se esperar muito da trama ajuda a tornar o filme um bom passatempo para quem gosta do cinema de ação.
O filme mostra a trajetória de Raizo (vivido pelo ator Rain). Órfão que passou a fazer parte de um clã liderado por um orientador rígido que aplica severas punições àqueles alunos que não conseguem superar seu treinamento. Uma morte dolorosa é apenas um dos castigos para os que tentam fugir.
Paralelo a isso, uma pesquisadora forense investiga uma rede de assassinos do oriente que teria envolvimento na morte de pessoas influentes das redondezas, o que já a torna um alvo em potencial do clã. Raizo é um dos suspeitos. E é a partir do encontro desses dois personagens que a narrativa de Ninja Assassino ganha bom ritmo.
No plano estético, o filme é dos mais atraentes. As cenas de luta parecem ter inspiração em Mortal Kombat. O sangue escorre, melhor, esguicha como se a pressão de um hidrante estourasse no meio da rua. Membros são decepados como papelão e o armamento é usado em ritmo acelerado. A mistura de tons pretos, amarelos e vermelhos dão esse ar de agressividade que, em determinados instantes, lembra um tango dos mais violentos.
A produção de Ninja Assassino é assinada pelos irmãos Wachowsky. Os mesmos da trilogia Matrix se é que algum cinéfilo não sabe disso. E a grife funciona. Fugindo dos conceitos filosóficos do seu primo famoso, o filme é um programão se o seu lance é pancadaria das boas. Enfim, uma boa opção.
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