Essa adaptação de desenho animado “O Último Mestre do Ar”,
esperava-se, viria como redenção por se tratar de uma franquia já conhecida
pela parcela do público que se pretendia atingir, além da plateia estimada,
caçadora de novos títulos do cinema fantástico.
Outras estratégias como o uso do 3D, os esperados efeitos
gráficos, reforçados por um trailler que gerava boas expectativas e uma
historinha que prometia a batalha de quatro reinos comandados pelos elementos
naturais, eram atrativos de sobra para dar nova guinada à carreira do cineasta.
Na contra-mão do esperado, “O Último Mestre do Ar” revela-se
como uma experiência constrangedora onde o expectador não sabe o momento certo
de rir ou chorar. Por várias vezes, seqüências que assinalavam um arco
dramático findavam com gargalhadas das testemunhas presentes à sessão,
reverberando sua aparência de comédia involuntária.
A técnica é realmente exuberante, porém mal utilizada. Fora
alguns lances fotográficos e elegantes movimentos de câmera, sobretudo no balé
que precede as inúmeras e enfadonhas cenas de luta. O elenco não provoca aquela
tão comum identificação dos filmes produzidos para o público-alvo. Erros que,
em tese, dificultariam sua carreira enquanto trilogia.
“O Último Mestre do Ar” lembra o ensaio de uma peça que
ainda não estreou, onde os personagens não encontraram seu lugar na história, a
produção não cortou as arestas e exageros e o maestro perdeu sua velha capacidade
de comando.
Nenhum comentário:
Postar um comentário