A trama é recheada de camadas de cores que mostram tópicos
da ação que vai se desenrolar ou de outros eixos da história. A violência
gráfica faz o sangue esguichar como um hidrante arrebentado, jogando tinta
encarnada para onde alcançar a vista, até tentando capturar um certo efeito tridimensional.
O enredo costura os arquétipos que, certamente, serão explorados
pela série, enfatizando, a brutalidade hiperbólica, a sexualidade explícita, que ressalta o papel da mulher enquanto objeto de prazer, e os bastidores e tramóias
políticas.
Apesar de assinalar esse viés “histórico”, “Spartacus”
aproveita o mote para dar vazão aos instintos de uma sociedade que consome
violência como ‘fast-food’. A horda de espectadores que comparece em peso para
assistir a sangrenta luta dos gladiadores exala essa condição de massa disforme
embalada por cápsulas de fúria com cheiro de morte.
A partir de uma trágica equação, protagonistas e
antagonistas ocupam seus lugares num episódio inicial que não traz tanta empolgação, diante de sua incapacidade de mostrar algo realmente novo.
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