sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Spartacus: Blood and Sand - Episódio 01

Esteticamente, o seriado “Spartacus: Blood and Sand” suga de maneira descarada a essência de “300”, filme do diretor Zack Snyder, além das óbvias referências aos épicos “Gladiador” de Ridley Scott e “Spartacus” de Stanley Kubrick.

A trama é recheada de camadas de cores que mostram tópicos da ação que vai se desenrolar ou de outros eixos da história. A violência gráfica faz o sangue esguichar como um hidrante arrebentado, jogando tinta encarnada para onde alcançar a vista, até tentando capturar um certo efeito tridimensional.

O enredo costura os arquétipos que, certamente, serão explorados pela série, enfatizando, a brutalidade hiperbólica, a sexualidade explícita, que ressalta o papel da mulher enquanto objeto de prazer, e os bastidores e tramóias políticas.

Apesar de assinalar esse viés “histórico”, “Spartacus” aproveita o mote para dar vazão aos instintos de uma sociedade que consome violência como ‘fast-food’. A horda de espectadores que comparece em peso para assistir a sangrenta luta dos gladiadores exala essa condição de massa disforme embalada por cápsulas de fúria com cheiro de morte.

A partir de uma trágica equação, protagonistas e antagonistas ocupam seus lugares num episódio inicial que não traz tanta empolgação, diante de sua incapacidade de mostrar algo realmente novo.

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