terça-feira, 23 de novembro de 2010

Scott Pilgrim Contra o Mundo


Adaptações de vídeo-games não podem mais ser considerados sinônimos de fracasso. Com uma edição moderninha sugando todas as idiossincrasias dos games, Scott Pilgrim Contra o Mundo mostra que é possível construir um filme interativo, aproveitando as singularidades dos jogos eletrônicos com muita perspicácia.

O filme conta as aventuras de Scott Pilgrim (Michael Cera, de Juno) um conquistador nato que precisa enfrentar os sete ex-namorados da garota por quem ele está interessado.  Essas "batalhas" acontecem meio que do nada em locais inusitados e o herói, apesar de ser franzino e ter cara de bobão, vence os seus opositores numa boa.

O longa-metragem consegue dialogar muito bem com o seu público-alvo, jovens que conhecem a linguagem e a peculiaridade dos games. Basta dar uma olhada nos cenários para perceber a quantidade de mensagens em vários cantos da tela. É preciso conhecer algo desse universo para não ficar perdido, pois a história aproveita bastante esse tipo de conceito.

A narrativa não é o ponto forte de Scott Pilgrim. A história é rasa, mas o objetivo maior é utilizar o formato sem mais preocupações. Alto-astral, o filme encanta pessoas interessadas em romances juvenis pueris com pingos de pós-modernidade.

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