quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Crítica: Êxodo - Deuses e Reis

Há duas formas de encarar o polêmico filme de Ridley Scott. A primeira como documento histórico. Nesse contexto, a produção não é uma obra fidedigna ao texto clássico possuindo várias licenças criativas. As falhas ou "releituras" chegaram a provocar a proibição do filme em países como Egito, Marrocos e Emirados Árabes.

A segunda, como produto de mercado com efeitos especiais de ponta, saga do heroi e momentos clímax, como a abertura do Mar Vermelho e as dez pragas que recaíram sobre o Egito. Obviamente, Scott optou pelo espetáculo, buscando um público alvo diferente do usual.

Em números, Êxodo, que custou 140 milhões de dólares, enfrenta sérias dificuldades para pagar seus custos.

No filme, Moisés é vivido por Christian Bale. De pastor de ovelhas a militar cético, quando ele descobre sua verdadeira origem (hebreu) é banido do Egito pelo faraó Ramsés (Joel Edgerton). Anos depois, retorna para guiar e libertar seu povo da escravidão.


Além dos equívocos já relatados, há outros pontos controversos no filme. A opção do diretor em personificar Deus como uma criança que "conversa" com Moisés. Seria uma alucinação do personagem? Bons atores em papéis secundários e mal aproveitados (Aaron Paul, Sigourney Weaver, Ben Kingsley). A figura falha e humanizada de Ramsés. Além da própria postura de Moisés, na condição de guerreiro.

No geral, Êxodo: Deuses e Reis é um filme eficiente do ponto de vista técnico que entrega um tipo de produto que a plateia moderna degusta sem se preocupar se está vendo algo relevante ou não.

Avaliação ★ ★1/2

Nenhum comentário: