E, enfim, chegamos ao encerramento da trilogia “O Hobbit”. A adaptação do livro homônimo de J.R.R. Tolkien já era aguardada pelos cinéfilos, sobretudo após o êxito crítico e comercial de “O Senhor dos Anéis”. Os produtores, ávidos pelas moedinhas dos fãs, não poderiam deixar de resgatar para a tela grande a franquia bilionária dos povos da Terra Média.
“A Batalha dos Cinco Exércitos” conclui a trama iniciada em “A Jornada Inesperada” (2012) e “A Desolação de Smaug” (2013), mais uma vez comandadas pelo cineasta Peter Jackson.
É até redundante falar que a empreitada tem claros fins comerciais e o roteiro foi excessivamente esticado. Essa constatação está na cara. Quem leu O Hobbit sabe bem que a trama tem conteúdo para apenas um e, forçando um pouco a barra, dois filmes. Isso fica evidente nessa conclusão que, em várias ocasiões, não diz muito a que veio, com intermináveis cenas de lutas e roteiro de menos.
Peter Jackson tenta recriar aquele clima de tensão da saga do anel, repete as firulas do elfo Legolas (Orlando Bloom), cria cenas adicionais na tentativa de dar um sentido ao prequel e usa e abusa da grandiloquência nos grandes planos e nas sequencias de ação.
Tudo isso seria bem legal se o filme conseguisse fugir do rótulo de caça-níquel. Por mais que revisitar a Terra Média seja uma experiência agradável, a falta de uma trama mais consistente tira muito do interesse da produção em questão.
Há uma metáfora direta para tudo isso dentro do próprio filme com a “febre do ouro” vivenciada por um dos personagens. Ser uma franchise de tamanho potencial já é motivo suficiente para os investidores jogarem no mercado uma produção que, cortadas as arestas, poderia ser bem melhor aproveitada.
No geral, a trajetória de Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) apenas reascende o interesse pela trilogia clássica. Essa, sim, inesquecível!
Avaliação ★★★
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