Hoje, recordei dois filmes do velho oeste. Rastros de Ódio (1956) de John Ford e Butch Cassidy (1969) de George Roy Hill. O primeiro, amargo. O segundo, uma aventura descompromissada. Ambos, belos filmes.
Rastros de Ódio do diretor John Ford |
John Ford fez um faroeste épico com cenários atraentes e uma trama forte. Belas seqüências de câmera, simbólicas, como a inicial e a final dão o tom do roteiro num filme que vale a pena ser visto, e/ou revisto e que, para muitos, marcou uma época onde aquele sentimento, apesar de velado, era comum entre o público médio.
Ao atribuir atitudes preconceituosas ao anti-herói, Rastros de Ódio decreta a existência de uma percepção, onde os comanches já foram substituídos por russos, alemães, japoneses, muçulmanos, ou qualquer um que provoque um distúrbio no estilo de vida ianque.
Butch Cassidy e Sundance Kid com Paul Newman e Robert Redford |
No filme eles são como celebridades do velho oeste. Roubam bancos, trens, e encaram tudo como se fosse um trabalho, reclamando de cansaço ao final do expediente. Algumas seqüências clássicas, como a que Newman aprende a andar de bicicleta (na época, o que havia de mais novo em tecnologia) e um bom-humor geral contagiante fazem de Butch Cassidy uma obra leve e sem grandes preocupações.
Para se ter uma idéia, filmes como Onze Homens e Um Segredo produzem sensação similar, ao sublinhar a vida de indivíduos que não seguem os ditames da Lei. Fuja da mesmice e resgate os clássicos!
Texto anteriormente publicado no observatoriodecinena.zip.net
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