quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Crítica: Santuário

O marketing de "Santuário" utiliza a onda 3D para vender o filme como uma nova experiência nessa área.

Depois de "Avatar" de James Cameron o cinema vem se aproveitando continuamente dessa estratégia para atrair mais público às salas de exibição convertendo filmes que, originalmente, não utilizariam essa tecnologia, tal como foi feito em "Fúria de Titãs" e “Alice no País das Maravilhas”, citando só dois exemplos de resultado crítico pífio.

Mero pretexto mercadológico, já que o ingresso para filmes em três dimensões é bem mais caro. Até agora não é possível enxergar grandes benefícios em produções que oferecem essa "benesse", que está se banalizando. Até o novo "Jackass" veio nesse formato.

Óbvio que "Santuário" consegue impor-se no conceito visual. Afinal, a história possui um forte apelo claustrofóbico e não é difícil ficar grudado na tela de exibição, até pelo fato do 3D criar essa sensação falsa de que estamos dentro da narrativa.

O filme, baseado em fatos reais, mostra mergulhadores presos numa caverna, após um acidente, que são obrigados a buscar um novo caminho pelo mar. A história se sustenta no suspense provocado pelas dificuldades de sobrevivência e a eliminação de coadjuvantes, de acordo com as regras dos filmes do gênero.

Fora o aspecto cênico, no filme há, pelo menos, um tema que se sustenta fora desse eixo: a dificuldade de relacionamento entre pai (Richard Roxburg) e filho (Rhys Wakefield), evidenciada pela eficiente interpretação de Roxburg, um velho explorador que não titubeia em tomar decisões difíceis. É o que há de melhor num suspense bem feito, mas que aproveita pouco o potencial humano.

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