segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Crítica: O Inglês Que Subiu a Colina e Desceu a Montanha

O conceito de identidade é muito presente no filme O Inglês Que Subiu a Colina e Desceu a Montanha (1995).

O título conta a história de dois cartógrafos (Hugh Grant e Ian McNeice) que visitam uma pequena comunidade do País de Gales, no ano de 1917, com o intuito de definir o real tamanho de uma montanha local, que após os cálculos termina sendo definida como colina. O resultado não agrada aos típicos moradores do lugarejo que tomam uma decisão inusitada: acrescentar a terra que falta para que a colina volte a ser classificada como montanha.

Logo no início, o filme mostra essa necessidade de identificação do indivíduo, dando-lhe personalidade. A trama exemplifica isso mostrando que muitas pessoas, que possuem nomes semelhantes, ganham alcunhas de acordo com as suas funções sociais ou profissões.

Então, dois forasteiros definirem se estamos falando de colinas ou montanhas não deixa de ser um ultraje para uma comunidade que pretende preservar a sua identidade, sobretudo por se tratar da interferência de um país em outro. Afinal, apesar do País de Gales ser nação constituinte do Reino Unido, possui parlamento autônomo.

O desenlace romântico do filme é apenas pretexto para ser classificado como "comédia romântica". Contundo, a discussão mais interessante é feita em torno dos aspectos culturais e sociais inerentes à trama.

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