segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Despedida em Las Vegas

Despedida em Las Vegas (1995) é uma fábula moderna, onde os protagonistas são "outsiders", pessoas que não se enquadram nos chamados padrões sociais.

No caso, um alcoólatra (Nicolas Cage) e uma prostituta (Elisabeth Shue) que se conhecem em Las Vegas e terminam se relacionando. Os rótulos, aqui, são utilizados apenas como forma rápida de identificação, pois os personagens são extremamente complexos.

De antemão, sabemos que não se trata de mais um desses contos de fada do cinema. O filme não faz questionamentos morais sobre as escolhas dos personagens, apesar de nunca poupá-los do olhar crítico da sociedade.

Eles poderiam, sim, tentar mudar suas situações de vida, mas não o fazem. O que não vejo como "conformismo", mas como resultado de uma simbiose, onde há uma necessidade mútua de aceitação e de uma escolha, do filme, de chegar mais próximo de um drama real.

Trata-se de um filme triste, amparado por excelente trilha sonora de tons melancólicos, onde acompanhamos (e sofremos) com o sentimento auto-destrutivo de Cage e a profunda solidão de Shue.

Avaliação ★★★★

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