Wes Craven filmou um dos personagens de maior apelo comercial do cinema, Freddie Krueger, que por muito tempo povoou o imaginário de milhares de adolescentes e fez aumentar a conta de luz de muita gente. Quem dormia em paz depois de A Hora do Pesadelo?
De lá para cá, o terror perdeu força com cópias de suas produções mais famosas invadindo o mercado, provocando um certo ranço no gênero.
Pânico (Scream, 96, EUA), também dirigido por Wes Craven, rescussitou o estilo e foi responsável pela onda de filmes de terror adolescente da década de noventa que gerou Halloween H20, Lenda Urbana, Eu Sei o Que Vocês Fizeram No Verão passado e seus congêneres, Pânico 2 e 3, até a paródia Todo Mundo em Pânico.
No roteiro de Kevin Williamson, Sidney Prescott (Neve Campbell) recebe telefonemas ameaçadores e um maníaco mascarado faz perguntas insensatas para suas vítimas. Quem erra, paga com a vida.
O divertido nessa história é o clima de auto-paródia, onde os personagens parecem participar de um filme dentro de outro, discutindo as velhas regras que marcaram o estilo. Randy (Jamie Kennedy) expõe essas regras para os outros, fazendo o papel de público questionador. E, enquanto, eles relembram esses clichês, as vítimas vão se amontoando.
No século 21, o terror inspirado em Pânico perdeu sua graça. Imitações em excesso provocaram novo cansaço, substituído por um tipo de cinema de imagens visualmente grotescas como Jogos Mortais e O Albergue. E Pânico, assim como Freddie Kruegger, ficou na lembrança.
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