A historinha orquestrada pelo diretor Desmond Davis possuía vários elementos para conquistar um público àvido por longas inspirados no tema, até mesmo pelo seu aspecto naturalmente aventuresco. E se for observar por esse ponto de vista, até que demorou para Hollywood lançar uma nova versão desse produto para as plateias atuais.
O remake de Fúria de Titãs, comandado pelo francês Louis Leterrier, atualiza a trama para a modernidade em busca desse novo público que pouco se interessa por relíquias. Até a onda das três dimensões é trazida no âmbito de garantir boa presença nos cinemas. Contudo, pelo que foi dito, o 3D nesse caso é dispensável por ter sido feito às pressas apenas para aproveitar o modismo.
No filme, a relação entre deuses e humanos está conturbada. E Hades (Ralph Fiennes) convence Zeus (Lian Neeson) a se vingar da humanidade jogando a maldição do monstro Kraken contra Argos. Em dez dias, o monstrengo varrerá a cidadela da face da terra se a princesa Andrômeda (Alexa Davalos) não for sacrificada.
Perseu, pescador vítima dessa guerra, descobre ser filho de Zeus e aceita seu destino de semideus responsável pela sobrevida de Argos. Com ele, um grupo de guerreiros parte em busca do seu destino contra escorpiões gigantes, bruxas, entre outros perigos instalados no meio do caminho.
Nada muito diferente do que se faz hoje nos filmes que apostam na ação. Independente de onde a trama se passa, o ritmo é acelerado, o visual pesado, uma trilha imponente e truquinhos digitais que nem empolgam tanto assim. Some a isso personagens desinteressantes e um clima acinzentado, que torna Fúria de Titãs um programa absorto numa seriedade que poderia ser substituída pelo espírito Pop de outras produções.
Resumindo: Outros filmes inspirados na franquia podem até surgir futuramente, mas a referência continuará sendo o bobinho e divertido seminal do início da década de 80.
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