
Nesse quarto filme, o tempo das trilogias já caiu mesmo pelo ralo, foi anunciado como o último da série. Uma estratégia para aliar antigos desafetos? Provavelmente! Pois bem, otimisma como sou, uma nova chance ao ogro verde da Dreamworks foi dada só que, dessa vez, com expectativa zero. E, para nossa surpresa, até que a coisa funcionou.
"Shrek 4" faz piada com o clichê "felizes para sempre" dos velhos contos de fada. A vida do ogro, casado com Fiona, pai de três filhotes, e com o Burro e o Gato de Botas para atormentar a paciência, todos os dias, cai na rotina que enche a paciência de qualquer um. E o lance narrativo desse novo filme busca essa lamentação do personagem que queria voltar à velha vida de criatura solteira do personagem onde o povo de "Far Far Away" morria de medo de sua fama de malvado.
Como é comum em filmes de Shrek, um novo vilão surge para atrapalhar a vida de todo mundo. Dessa vez, um mágico anão com cara de doido varrido que, só para manter a tradição, quer se tornar o manda-chuva do tal reino encantado. Aproveitando essa insatisfação do ogro, por quem tem um raiva antiga, ele faz o personagem assinar um contrato que simplesmente faz com que ele desapareça da vida de todo mundo.
Daí tudo vira uma bagunça naquele estilo "De Volta para o Futuro 2", e Shrek, vendo a bobagem que fez, tenta resolver o problema revendo antigos amigos em novas situações de vida.

Aliás, o Gato de Botas deve ganhar filme próprio. E contar com a presença de coadjuvantes de luxo como o Burro, Shrek e os demais seguidores deve enriquecer a historinha do bichano que, digno de nota, mais uma vez dá repeteco na brincadeira dos olhinhos de abandono e arranca vários suspiros do público em "Shrek 4". É a prova que, mesmo sem ser original, a coisa realmente funciona.
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