Já se passaram vinte anos do lançamento nos cinemas de Edward Mãos-de-Tesoura do diretor Tim Burton. A data foi noticiada recentemente em vários portais na internet. Não tive a oportunidade de conferir o longa-metragem na tela grande. Meu primeiro contato com o antológico personagem vivido por Johnny Deep foi nas sessões da tarde da televisão.
A impressão, após ter revisto o filme recentemente, é praticamente a mesma. Levando-se em consideração o amadurecimento e as percepções obtidas com o passar do tempo. O filme não envelheceu. O tom fantástico e melancólico da trama, sua forte crítica social e a assinatura do diretor continuam provocando o mesmo encantamento.
Edward (Deep) é um ser criado em laboratório. Inacabado, suas mãos são substituídas por tesouras, já que o cientista que o criou morre antes de finalizá-lo. Seu primeiro contato com o mundo exterior se dá com a visita de uma curiosa vendedora de cosméticos que, ao conhecê-lo, resolve levá-lo para a sua casa.
Sua chegada provoca um zun-zun-zun entre a vizinhaça desocupada que passa a se aproveitar de suas habilidades com tesouras, cortando a grama, os cabelos dos seus cães e de suas excitadas donas.
O filme mostra a tentativa de enquadrar Edward na sociedade norte-americana que passivamente aceita as sugestões sem de dar conta do que aquilo, enfim, representa realmente. Após um incidente, esses mesmos "apoiadores" passam a persegui-lo, demonstrando que o encantamento perdeu o efeito.
Enfim, uma metáfora sobre a aceitação e os preconceitos embutidos na sociedade que aceita, se aproveita e depois rejeita.
Um comentário:
É o grande momento de Tim Burton no cinema. E o Depp - esse ator que tenho verdadeira paixão! - está fantástico.
Obrigado pela visita. Vou linkar o seu blog agora mesmo.
Tudo de bom,
www.ofalcaomaltes.blogspot.com
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