Relembrando: Peixe Grande

Quando a nostalgia bate a nossa porta, lembramos de coisas ou situações que nos trazem lembranças escondidas na nossa memória. Na condição de cinéfilo, lembro de filmes que deixaram alguma marca na minha vida. Independente de qualidades técnicas ou de roteiro. Trata-se de uma recordação puramente emocional.

Peixe Grande e Suas Histórias Maravilhosas" do diretor Tim Burton é uma dessas produções que relembram bons momentos. A história é sobre o contador de causos Edward Bloom (Ewan McGregor) que, ao longo da sua vida, embrulhou as várias situações pelas quais passou com um viés fantástico, como que espantando a monotonia das estórias corriqueiras.

No fim da vida, interpretado agora por Albert Finney, o personagem enfrenta a morte, que se aproxima, e a relutância do filho (Billy Crudup), um jornalista que vive a decepção do seu pai nunca ter contado nada que fosse completamente verdadeiro. 

Burton utiliza esse mote para mostrar as belas histórias de pescador, vividas por Edward Bloom. 

A todo instante, "Peixe Grande" nos dá opções reais e imaginárias, enfatizando o aspecto ficcional como preponderante. A realidade é seca. Já a imaginação é colorida e cheia de vida. Todavia, isso não indica que o filme faça uma opção clara pelo escapismo. O objetivo de "Peixe Grande" é mostrar que a vida pode ser aproveitada em seus mínimos detalhes, dependendo do ponto-de-vista e da disposição de cada um.