sábado, 26 de março de 2011

Relembrando: Sweeney Todd

Todos os elementos clássicos dos filmes de Tim Burton estão estampados em Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet.

Fotografia em tons azulados, fazendo jus ao sentimento de perda do personagem de Johnny Deep,  um sentido gótico, humor negro que surpreende e faz rir, e um elenco bem inspirado, com tipos deploráveis e outros mais agradáveis. Há algo de A Noiva Cadáver, de Edward Mãos-de-Tesoura e até Peixe Grande, que é um de seus filmes mais sensíveis.

Vemos de tudo na triste história de um barbeiro (Johnny) acusado injustamente pelo juiz da cidade (Alan Rickman) por um crime que não cometeu. O motivo: sua bela esposa.

Sweeney passa anos na cadeia, quando volta quer vingança. A trama é meio que uma lenda urbana. O herói/vilão assume sua profissão e mata a todos os que vão em busca de seus serviços de barbeiro, recebendo uma bela navalhada na garganta. O Cadáver se torna carne para as saborosas tortas da Sra. Lovett (Helena B. Carter).

Como se trata de um musical, Sweeney Todd é interrompido com freqüência pelas músicas e cantorias. O ritmo, para quem não gosta, pode ficar monótono, mas no geral as canções tem tanto a ver com a história que pegamos o trem e vamos adiante.

O final é da melancolia que se espera em produções desse tipo. Há tragédia, revelações, vinganças cumpridas e traições. Sweeney não é exatamente um herói, mas o filme provoca um sentimento de tristeza, tendo em vista a sua trajetória. Ou seja, é Tim Burton em excelente forma.

Nenhum comentário: