Filmes de grandes proporções geralmente apelam para incansáveis campanhas de marketing. Traillers, capas de revistas, notícias sobre os bastidores da produção, redes sociais em atividade intensa, tudo pronto para atiçar o público e garantir boa leva de cinéfilos nas filas das bilheterias.
E o subgênero “os extraterrestres invadem a terra” é o típico filão que não perde tempo na hora de explorar cada um dessas estratagemas. É natural e extremamente necessário para a sobrevivência da empreitada.
E até que Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles estreou bem nos mercados mundiais abocanhando o primeiro lugar nos EUA e em outras praças como o Brasil.
Entretanto, algo de errado parecia estar pairando no ar. Onde estavam os excessos virais, as grandes filas nos cinemas ou o natural falatório cinéfilo?
Pouco se falou antes da estreia se comparado a outros filmes pretensiosos como O Dia Depois de Amanhã ou 2012.
Talvez, o suficiente para atrair uma razoável quantidade de curiosos.
A decepção pós-créditos pode ser uma explicação razoável. Ao que parece, a propaganda limitou-se ao básico para dosar expectativas exageradas e diminuir o impacto do desapontamento.
No filme, pipocam referências a filmes conhecidos como Falcão Negro em Perigo, Distrito 9, O Resgate do Soldado Ryan e Independence Day. Cada fotograma cintila uma lembrança, como uma grande colcha costurada de retalhos.
Uma comodidade para garantir satisfação imediata ou comparações para distrair o que realmente chama a atenção: há pouco em Invasão de Los Angeles para justificar sua existência, além de algumas sequências bem construídas.
Os clichês se amontoam, o patriotismo aborrece e a história de alienígenas que invadem o planeta em busca de, supostamente, recursos naturais nunca empolga.
A solução preguiçosa do roteiro para o embate é o que há de pior. A história termina tão repentinamente que você sequer se dá conta. Mais um artifício dos produtores para minimizar as decepções de um filme consciente das suas incontáveis limitações.
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