sexta-feira, 25 de março de 2011

Batalha do Mundo: Invasão de Los Angeles

Filmes de grandes proporções geralmente apelam para incansáveis campanhas de marketing. Traillers, capas de revistas, notícias sobre os bastidores da produção, redes sociais em atividade intensa, tudo pronto para atiçar o público e garantir boa leva de cinéfilos nas filas das bilheterias.


 E o subgênero “os extraterrestres invadem a terra” é o típico filão que não perde tempo na hora de explorar cada um dessas estratagemas. É natural e extremamente necessário para a sobrevivência da empreitada.


 E até que Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles estreou bem nos mercados mundiais abocanhando o primeiro lugar nos EUA e em outras praças como o Brasil.

Entretanto, algo de errado parecia estar pairando no ar. Onde estavam os excessos virais, as grandes filas nos cinemas ou o natural falatório cinéfilo? Pouco se falou antes da estreia se comparado a outros filmes pretensiosos como O Dia Depois de Amanhã ou 2012.

Talvez, o suficiente para atrair uma razoável quantidade de curiosos. A decepção pós-créditos pode ser uma explicação razoável. Ao que parece, a propaganda limitou-se ao básico para dosar expectativas exageradas e diminuir o impacto do desapontamento.

No filme, pipocam referências a filmes conhecidos como Falcão Negro em Perigo, Distrito 9, O Resgate do Soldado Ryan e Independence Day. Cada fotograma cintila uma lembrança, como uma grande colcha costurada de retalhos.

 Uma comodidade para garantir satisfação imediata ou comparações para distrair o que realmente chama a atenção: há pouco em Invasão de Los Angeles para justificar sua existência, além de algumas sequências bem construídas.

Os clichês se amontoam, o patriotismo aborrece e a história de alienígenas que invadem o planeta em busca de, supostamente, recursos naturais nunca empolga.

A solução preguiçosa do roteiro para o embate é o que há de pior. A história termina tão repentinamente que você sequer se dá conta. Mais um artifício dos produtores para minimizar as decepções de um filme consciente das suas incontáveis limitações.

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