quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Crítica: 11-11-11

Todo ano é a mesma coisa. Basta o calendário indicar alguma data, como a do último dia 11 de novembro de 2011, para o cinema lançar um produto enigmático que tenha algum sentido numerológico, ou coisa do tipo. No caso, esse "11-11-11", lançado no referido dia, surgiu em trailers como um filme que tivesse algo a dizer no tocante à mística da combinação desses números.

Puro efeito de marketing. Esse filme é um verdadeiro embuste. Dessas experiências que não valem sequer uma prata de real. A história explora os clichês mais surrados desse tipo de história: escritor que teve a mulher e o filho mortos em um acidente, perde a fé e volta a conviver com o irmão (padre) após a piora da saúde do seu pai. Esse retorno terá um grande significado quando o protagonista descobrir que a combinação dos tais números exerce uma influência poderosa sobre importantes acontecimentos da sua vida.

O que poderia ser um programa interessante consegue se perder numa trama que se utiliza de sustos calculados e um aumento instantâneo do som, em momentos-chave da história. O visual meio podreira (com tendências oitentistas) até que escapa, contudo é pouco para filme tão alardeado pela mídia.

O final é aquela velha tentativa de "explicar o inexplicável". Um novo 11-11-11 só ocorrerá daqui a mil anos. Daqui para lá, estaremos livres de tema, tão mal explorado por aqui. Pelo menos, até surgir uma nova data potencial.


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