Quando um filme fala sobre o seu amor pelo cinema parece que o coração bate acelerado, os nossos olhos lacrimejam e o sorriso estampado na face fica bem visível. "A Invenção de Hugo Cabret" proporciona esse tipo de emoção.
O filme do diretor Martin Scorcese relembra os primórdios do cinema através da aventura vivida por Hugo (Asa Buttefield), órfão que tenta decifrar o segredo deixado por uma máquina encontrada pelo pai (Jude Law). Pode ser essa, afinal, a sua última ligação paterna real.
Com o signo da aventura estampado em cada fotograma, "Hugo" descobre, por camadas, o destino daqueles que, no passado, deram o ponta-pé inicial para a indústria do cinema. Ainda artesanal mas com aquele olhar de vanguarda que inspiraria tantos pelo decorrer das décadas, caso do cineasta George Mèliès, diretor do clássico Viagem à Lua de 1902, que produziu mais de 500 filmes, e aqui é vivido pelo ator Ben Kingsley.
Em sua primeira incursão pelo gênero infantil e pelo 3D, Scorcese constrói poesia visual em uma história que, afinal, nos leva de camarote a esse mundo apaixonante que é a Sétima Arte. Não poderia ser diferente. "Hugo Cabret" é uma declaração de amor ao cinema.
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