quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Crítica: Mato Sem Cachorro

Com uma boa pegada pop, Mato Sem Cachorro (2013) é uma grata surpresa da comédia nacional. Esse filme fala sobre cachorros narcolépticos, relacionamentos mal-acabados, pessoas e suas imperfeições.

A primeira cena do filme faz deboche com a imagem publicitária da típica família feliz que, na verdade, não é lá tá feliz assim. Senão, vejam só: Deco (Bruno Gagliasso) conhece Zoé (Leandra Leal) quando, acidentalmente, atropela um cachorrinho. É a deixa para eles iniciarem um namoro. Um clip mostra rapidinho tudo isso.

Só que, como estamos falando de pessoas imperfeitas, dois anos depois eles estão separados. Deco continua largadão no sofá, desperdiçando seu talento de produtor musical e editor de vídeos, enquanto Zoé continua na produção de um dos programas de rádio mais ouvidos do Rio de Janeiro.

A única coisa que ainda liga os personagens é Guto (o cãozinho). Eles buscavam uma família perfeita que, como já sabemos, não existe. E, por isso, não deram certo. O resto dessa história se desenvolve seguindo as regras das comédias românticas, então você já deve imaginar o desfecho.

Entre os atrativos de Mato Sem Cachorro está o fato dos seus personagens não terem vergonha de pagarem micos. Algumas das boas tiradas do filme são ditas pelo personagem do apresentador Danilo Gentili, que até flechada leva! A cantora Sandy faz uma ponta e também entra na brincadeira. Ela aparece como alvo de um vídeo engraçado que foi jogado na internet, em que estava completamente bêbada.

O filme é antenado. Sabe lidar com várias mídias. Tem alguns diálogos nerd, como quando eles falam sobre a frustração com o final do desenho Caverna do Dragão, que nunca foi divulgado. E ainda mistura Sidney Magal com rock pesado. É uma miscelânea! Poderia só ser um pouquinho mais curto. Mas isso é o de menos numa comédia que sabe flertar com a criatividade.

Avaliação: ★1/2

Nenhum comentário: