
Esse arco dramático é o que dá força à releitura do policial do futuro, comandada por José Padilha. É o dilema de ser meio homem, meio máquina, de ter consciência dos seus atos ou se tornar um mero produto de uma grande empresa que utiliza a segurança para vender suas máquinas hiper-modernas ao Estado.
O filme se passa no ano de 2028. Uma lei norte-americana proíbe a utilização de robôs para garantir a segurança da população. A imprensa tendenciosa mostra os resultados mundo afora do êxito dessa empreitada e, quando algo dá errado, caso da sequência inicial, basta manipular a informação.
A questão é que a sociedade americana aprova esse regimento, levando em conta o fato de que uma máquina não tem livre arbítrio para decidir o que é certo e o que é errado. A corporação responsável pela criação dos drones decide criar um robô conduzido por um homem e, quando o detetive Murphy sofre um atentado, é a deixa para testar o novo produto, transformando-o no Robocop.

Méritos para José Padilha que conseguiu produzir um filme ácido, que faz uma atualização certeira do clássico de Paul Verhoeven.
Avaliação: ★★★1/2
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