sábado, 15 de março de 2014

Top 10: adaptações de HQ para jogar na lata do lixo

Se o sub-gênero "filme de super-herói" tem a capacidade de levar multidões aos cinemas, sempre é bom listar o que de melhor e, nesse caso, o que de pior já deu as caras na tela grande. A lista, como é de praxe, é de cunho extremamente particular e reflete o que este escriba detestou, não gostou ou, simplesmente, jogaria num triturador, para ser mais enfático.

E eis as bombas:

Mulher-Gato (2004): A oscarizada Halle Berry embarcou nessa barca furada para encarnar a famosa personagem felina. Nessa pataquada, ela é Patience Phillips que trabalha numa empresa de cosméticos, descobre uma conspiração e, voilá, se torna a Mulher-Gato. Com colante preto sadomasô e chicotinho na mão ela enfrenta a mega-vilã Sharon Stone. Se ao menos o filme tivesse uma disputa na areia com as duas de biquíni já valeria alguma coisa. Como não tem nada disso: joga fora no lixo!

X-Men Origens: Wolverine (2009): Conseguiram detonar um dos heróis mais cool dos X-Men nesta péssima aventura-solo de Logan (Hugh Jackman) que lida com o passado do personagem e coloca um bando de mutantes só para encher linguiça. É uma trama confusa, sem-graça e que merecia uns belos sopapos dos fãs, tamanha ruindade apresentada em cena. Pelo menos o posterior Wolverine: Imortal (2013) resgatou a dignidade de Wolverine.

Motoqueiro Fantasma 1 e 2 (2009/2012): Juntando os dois filmes não dá um que preste. Esse personagem obscuro das HQ nem deveria ter saído das profundezas para a telona. Nicolas Cage, claro, adora participar de presepadas desse tipo. No primeiro filme, Johnny Blaze (Cage) é um motoqueiro que vira uma criatura com a cabeça em chamas que encara demônios. A segunda história se passa nove anos depois e ele continua lidando com a maldição e tenta salvar um garotinho perseguido pelo capeta. Joga água benta!

Batman e Robin (1997): Joel Shumacher conseguiu transformar o Batman numa piada sem-graça neste filme com excesso de personagens: Robin, Batgirl, Hera Venenona, Mr.Freeze e historinha que merecia um belo pontapé. George Clooney teve o desprazer de interpretar o pior homem-morcego da história do cinema e, por pouco, não enterrou de vez a franquia. Batman, afinal, foi salvo na trilogia realizada por Christopher Nolan.

X-Men: O Confronto Final (2006): A saga de Fênix é uma das boas tramas já feitas nas histórias em quadrinhos. Sua adaptação para o cinema, entretanto, merecia ser liquidificada, recortada e recontada para valer alguma coisa. No filme, é descoberta uma cura para os mutantes, que Magneto não vê com bons olhos. Enquanto isso, Jean Grey/Fênix (Famke Janssen) está no auge de sua força e sai detonando quem aparece pela frente. Filme ruinzinho todo.

Quarteto Fantástico 1 e 2 (2005/2007): O que, afinal, tentaram fazer com os quatro fantásticos? Essa sitcom sem-graça mais parece uma piada mal-contada que abusa dos clichês e entrega uma aventura tão ruim, mas tão ruim, que os produtores já vão dar roupagem nova à franquia no longa que será lançado em 2015 com elenco totalmente novo. A sequência com o Surfista Prateado até que tinha potencial, mas é tão mal-contada que dá nos nervos. Tomara que o novo filme seja menos pateta do que esses dois. Uma palavra: constrangedor!

Homem-Aranha 3 (2007): Se Sam Raimi realizou dois filmes bacanas, conseguiu meter os pés pelas mãos (olha o clichê) nesse encerramento da trilogia, onde Peter Parker (Tobey Maguire) passa a usar um uniforme negro, fica se achando o tal, e ainda enfrenta o Homem-Areia. Só aquela cena ridícula, com cabelinho mané e dancinha pela rua já mostra o quanto esse filme merece o limbo e o esquecimento. A reinvenção da franquia não demorou com O Espetacular Homem-Aranha e sua já anunciada sequência.

Elektra (2004): Totalmente diferente do que conhecemos nos quadrinhos, a Elektra de Jenniffer Garner foi pasteurizada, rotulada e pronta para jogar no mercado como um filminho de sessão da tarde. Ela é uma assassina profissional em busca de vingança que enfrenta bandidos com poderes sobrenaturais. Só por desvirtuar as características da heroína, esse longa-metragem conduzido por Rob Bowman já mereceria o troféu abacaxi dos filmes de HQ.

Demolidor - O Homem Sem Medo (2003): As histórias do Demolidor nos quadrinhos são tão bacanas que essa produção de fundo-de-quintal, desonra qualquer menção ao personagem. Ben Affleck é Matt Murdock que fica cego, seus sentidos são ampliados e ele passa a combater o crime. O caráter sombrio do Demolidor é praticamente eliminado nessa trama pastiche, o que só aumenta o medo do que poderemos esperar do novo Batman, vivido pelo mesmo Affleck no aguardado encontro de titãs Batman Vs Superman.


O Fantasma (1996): Outra adaptação de HQ que poderia ser riscada da história. Aqui, Billy Zane interpreta o célebre personagem que vai para Nova Iorque impedir que um ricaço doido se apodere de caveiras mágicas que podem dominar o mundo. O filme é aquela velha piada ensaiada, matinê de segunda, lamentável e que não consegue, sequer, divertir, de tão bobo que é. Até Catherine Zeta-Jones dá as caras por aqui. Contas a pagar, provavelmente!

Como nenhuma lista é perfeita, acabei esquecendo Lanterna Verde, Superman III, Superman IV, Batman Eternamente, etc.

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