terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Crítica: Trapaça

O tema central de Trapaça (American Hustle, 2013) é a arte da sobrevivência. Esse ponto é ressaltado durante todo o filme de David O. Russel.

A trama mostra como dois vigaristas pegos em flagrante (Irvin Rosenfeld/Christian Bale e Sydney Prosser/Amy Adams) foram obrigados a participar de uma operação do FBI para desmascarar políticos corruptos, entre eles o prefeito de Camden,Nova Jérsey, Carmino Polito (Jeremy Renner).

Eles são convocados por serem hábeis na arte de ludibriar e pelo fato do agente Richie DiMaso (Bradley Cooper) enxergar no casal uma oportunidade de fisgar peixes mais graúdos, que incluem políticos envolvidos com a máfia e, com isso, crescer na carreira.

Em várias sequências de Trapaça, o que vemos é o verdadeiro ensaio de uma farsa. Não só na trama fantasiosa inventada para atrair os corruptos (que inclui a presença falsa de um sheik milionário), mas em histórias mal-contadas, identidades e sentimentos inventados.

Praticamente, todos os personagens do filme escondem informações, manipulam, ou usam máscaras sociais, de acordo com as suas necessidades de sobrevivência. O desfecho, claro, não fica por menos, seguindo a linha da tapeação.

Ambientado entre o final da década de 70 e o início de 80, Trapaça é inspirado numa história real, com nomes e situações alteradas em função do roteiro.

O filme recebeu 10 indicações no Oscar desse ano, incluindo Filme, Diretor, Ator (Bale), Atriz (Adams) e coadjuvantes (Cooper e Jenniffer Lawrence), Roteiro Original, Figurino, Direção de Arte e Edição.

Avaliação: ★1/2

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