sábado, 12 de abril de 2014

Crítica: A Conversação

A Conversação (The Conversation, 1974)  levanta uma relevante discussão sobre moralidade e ética profissional.

No filme, Harry Caul (Gene Hackman) é um especialista em vigilância de áudio contratado para gravar as conversas de um casal. Ele suspeita que eles poderão ser assassinados pelo contratante, depois que ouve uma das gravações. Como no passado o seu trabalho provocou a morte de três pessoas, ele teme que a história se repita.

O que fazer com essa informação? É esse o cerne do problema apresentado pelo cineasta Francis Ford Coppola. Essa dúvida persiste durante toda a história, de uma forma trabalhada e que, aos poucos, provoca uma sensação de sufoco que culmina com um desfecho que surpreende e, que de certa maneira, dá uma nova configuração ao que estávamos presumindo, até então.

A própria profissão do protagonista o torna um sujeito desconfiado e precavido. Afinal, ele conhece bem todas as artimanhas de como espionar a vida alheia. Portanto, ele é um tipo fechado que reluta em revelar informações sobre sua vida pessoal ou profissional. E isso é ressaltado em várias passagens de A Conversação. Apostando  num suspense que cresce gradativamente e sem ruídos, o filme também ganha pontos na sutileza da interpretação de Gene Hackman.

Avaliação: 

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