quarta-feira, 8 de abril de 2009

Wolverine cai na rede: marketing viral ou efeito da Cauda Longa?



Parecia mentira. Brincadeirinha de 01 de abril, como a massacrante goleada sofrida pela Argentina diante da Bolívia.

Wolverine, um dos blockbusters mais esperados do ano, disponível na rede, um mês antes do seu lançamento? Em outros tempos essa notícia poderia até surpreender. Mas na era da informação instantânea pouco chama a atenção. Basta lembrar de um passado recente com o fenômeno Tropa de Elite, vendido nas bancas dos camelôs bem antes do seu lançamento no cinema.

Na mesma notícia que anunciava que Wolverine batia recordes de download, analistas de mercados discutiam qual o efeito que o fato teria nas bilheterias do filme. Se considerarmos o que houve com a Tropa de José Padilha, o longa deverá arrecadar como nunca. Até mesmo pela informação de que o longa não estaria completo. Faltariam boa parte dos efeitos especiais. O Wolverine disponível estaria cru, sem os chamativos normais dos filmes de grande orçamento. Daí a dúvida se isso não seria mais um exemplo de marketing viral.

Viral, porque se dissemina como um vírus. Quem baixar Wolverine certamente irá rever o filme nos cinemas, senão seria como comer um "pastel de vento", sem recheio. Simplesmente, sem graça!

Se é marketing viral ou não, Wolverine acaba sendo mais uma "vítima" da teoria da Cauda Longa (The Long Tail), onde os hits concorrem igualmente com as produções de baixo orçamento ou simplesmente caseiras, pois ambos se tornam bem mais disponíveis ao grande público, distantes apenas de um simpes "click".

O conceito, desenvolvido pelo jornalista Chris Anderson, mostra que super produções como Wolverine, responsáveis pelas grandes cifras do mercado, concorrem com os pequenos que sustentam a tal cauda longa que, curiosamente, jamais atinge a base. Ou seja, sempre haverá alguém para consumir algum "documentário sobre as moscas tailandesas", ou coisas do tipo, e pela quantidade dessas produções já seria possível rivalizar com as grandes grifes.

Seguindo essa lógica, valeria a pena gastar tantos milhões, com uma produção como Wolverine, sem ter a certeza imediata de lucro? Daí a estratégia, ou não, de utilizar o marketing viral.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu pessoalmente acho este tipo de estratégia viral muito perigosa, pois se o filme é ruim pode demotivar as pessoas de ir ao cinema, mesmo que seja só para "conferir". Ora, até agora as coisas andavam bem, basta um ou dois fracassos retumbantes que tudo voltara do jeito que era antes. eu acho que alguém agiu criminosamente e por um ou outro motivo "vazou"a fita
Vassili